(...)
A vida passa quase que sem vida. Tenho aprendido a observar. Focar
o olhar. Aguçar os sentidos! Existe muito para além do comum-normal-habitual.
Como desnaturalizar o habitual para realmente encontrarmos nossa natureza? E
como aprender isso? Ouvindo? Olhando? Tocando?
O pouco que aprendi já é muito. O cuidado com as sementes. O uso de
algumas plantas para nossa saúde, alimentando e curando. E a percepção em si...
Não sabia que sabia sobre arte. Apreciar ou fazer uma arte. Tenho percebido que
a arte é fluídica, basta se permitir. Parece-me quase que impossível exprimir
tudo o que acontece, as sensações. São surpresas sempre.
Algo interessante, a criação do personagem. Por estar condicionada
a compreender as atividades como obrigações, de início foi uma grande aflição.
De repente, parece que o personagem chegou até mim! Como se eu estivesse a
beira de um rio naquela angustia-espera para que algo aconteça, e a correnteza
traz uma barca exatamente com aquilo que
precisava. Mais uma vez, parece que se trata de deixar fluir e permitir. Queria
um personagem travesso, vivaz, espertalhão. Mas como transportá-lo para o
espaço viveiro-horta? Descobrindo que aquele que dividirá o espaço criou um
personagem que permite a criação de um outro personagem, com as características
que eu gostaria. O mágico e o coelho! Coelho travesso, comilão, interesseiro!
Que sabe muito bem sobre as mudinhas do viveiro e onde coloca-las na horta...
que quer cuidar para que elas cresçam fortes
e fiquem bem grandes, para que ele coma tudo! E por aí vai... Um
coelho-criança-arteiro.
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