segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A caminho da curiosidade, ao encontro das surpresas

Acordei um pouco mais tarde do que havia me programado. Aproveitei a preguiça matinal trazida pelas nuvens de chuvisco e frescor. Uma manhã assim, parcialmente nublada, nem quente nem fria, muito me agrada. A vontade era de me integrar à força que gerava essa manhã tão agradáveç.
Também não tinha me programado para fazer exercícios. Mas senti que meu corpo pedia por uma caminhada. Meia horinha. Então eu fui, sabendo que perderia meia hora da minha programação - o dia está cheio de coisas e não posso me delongar. E fui... caminhando a passos lentos, pra aproveitar este início de primavera.
Hoje, primeira segunda-feira de primavera, todos saíram às ruas para varrer as calçadas. Um delicioso fenômeno social eu acho. Será que tem como meu dia não ser bom depois de tantos senhores me afirmando, ou desejando um "Bom Dia!"? Quase que duvido.
A audácia das flores e folhas que se libertavam de suas geradoras para ousar a liberdade do vento e ir parar em algum lugar, me levou também a novos caminhos,  desconhecidos. E a cada dobra de rua, uma surpresa diferente. As casas mais robustas se diluíam por meio das casas mais singelas. Todas elas, ricas em simplicidades. Que delícia de riqueza... a simplicidade.
Eu sei que não tinha me programado para caminhar hoje. Não sabia, entretanto, que existia tantos lugares a serem explorados. Muito menos que minha curiosidade e o encontro com diversas surpresas me levariam além, me fariam desconectar. Esqueci do horário, esqueci dos afazeres. Só fui, fui... Foram muitas imagens agradáveis para uma hora e meia de caminhada. Muita informação pra ser digerida. Provavelmente não consigo nem me lembrar de todas elas agora - mas deixemo-as pra outro momento.

O fato é que eu estou maravilhada: ainda existem lugares em Barão Geraldo em que, pelo menos aparentemente, o respeito ao próximo, humano ou não, ainda existe... em que os vizinhos se conhecem, as escolas são no mínimo atraentes em sua infra-estrutura. Em que as árvores e pracinhas são cultivadas pelos moradores. Em que as pessoas ficam conversando no portão. Em que parece que o "ter muito e do melhor e maior" ainda não faz parte da filosofia de vida das famílias.

Um lugar de diversidades não só sociais, mas muitas outras.

Enfim... quando vi, já tinha caminhado por tudo. Pra um lado e pro outro de meu bairro. Me surpreendido em praticamente todo o trajeto. E depois, me surpreendido quando vi que já fazia uma hora e meia que estava andando.

Que pesar a vida daqueles que nunca se deram a oportunidade de conhecer novos caminhos...