quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Espinhos. Estratégia de defesa, proteção.
E tamanha é a necessidade de defesa que nem as palavras sentem-se a vontade de sair, ficam perdidas, assustadas. Só saem de maneira afiada, sabe, aqueles espinhos fortes e doloridos? 
É muito antagonismo numa flor só. É bonita, simples, parece tão macia. E ao chegar perto, nada de cheiro gostoso, e espinhos, quantos espinhos!
Esses zunidos me confundem. Não consigo ignorá-los. Ora são marimbondos, ora são abelhas, ora, joaninhas. Não consigo distingui-las mais! E essas formigas cortadeiras?! Querem me fazer aos pedaços para alimentarem sua sociedade! 
E ainda me querem inteira. Me querem bonita, cheirosa, sem espinhos, leve, dançante, doce. Mas vem naturalmente, só mentes suicidas vencem o instinto de fugir da morte: quando menos espero, espinhos, espinhos, espinhos. 

Quem me viu quem me vê. Penso nisso todos os dias.